É arte! Esta foi certeza que obtive após ouvir Traduzir-se música de Raimundo Fagner sobre o poema de Ferreira Gullar. Uma parte de mim era reticente em ouvir as músicas de Fagner. De certa forma também preconceituosa; eu achava que Fagner era uma espécie de cantor ligado ao estilo brega (como Amado Batista ou Odair José), pois muitas vezes o associava diretamente com a música Borbulhas de Amor – hit radiofônico que pouco representa a qualidade de suas composições.
Poucos anos atrás meu pai comprou uma coletânea de grandes sucessos do Fagner. Não sei exatamente o motivo pelo qual o levou a desembolsar uns 20 reais para fazer tal aquisição. O fato é que acabei pegando o CD emprestado e graças a ele acabei conhecendo músicas como Mucuripe, Revelação, Noturno, e, claro, Traduzir-se.
Mais ou menos na mesma época, me encontrei num sábado de madrugada de frente para a TV assistindo o programa Uma Vez, Uma Canção da TV Cultura – nem sei se ainda passa este programa; acho que não mais. Nesse programa, o artista era entrevistado e concedia explicações de como surgiam as idéias que os levaram a compor algumas de suas canções. Inevitavelmente, entre uma resposta e outra acabava acontendo uma palinha de uma canção. Naquele sábado a artista entrevistada era a gaúcha Adriana Calcanhotto.
Lembro-me muito bem de sua entrevista; ela falava de suas influências e referências musicais, de como a música começou a fazer parte de sua vida. Num determinado momento da entrevista, ela cita esta música feita para este belÃssimo poema de Ferreira Gullar como parte de sua inspiração. E então foi somente naquele dia que descobri que a letra de Traduzir-se não havia sido escrita por Fagner, e sim, sua arte foi a responsável por traduzir poema em música.
Lembro-me muito bem de sua entrevista; ela falava de suas influências e referências musicais, de como a música começou a fazer parte de sua vida. Num determinado momento da entrevista, ela cita esta música feita para este belÃssimo poema de Ferreira Gullar como parte de sua inspiração. E então foi somente naquele dia que descobri que a letra de Traduzir-se não havia sido escrita por Fagner, e sim, sua arte foi a responsável por traduzir poema em música.
Eu não gosto da voz do Fagner. Já a da Adriana Calcanhoto, é linda. Aliás, é uma das poucas cantoras nacionais que gosto de ouvir.
ResponderExcluirMusicar um poema é algo complicado. Quiçá um poema de outrem. Fazer uma versão de um desses então... Contra todas as probabilides obteve-se algo bom. Não genial,mas delicioso de ouvir.
ResponderExcluirParabéns pelo blog!
Meu Amigo! Adriana Calcanhotto é uma mulher de um bom gosto inconfundÃvel!!!! Minha Nossa!!!
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