“Todo o mês de Fevereiro...” Aquela festa, aquele abraço...
Mais um carnaval chegou. Com ele, as pessoas parecem esquecer de todos os seus problemas. Afinal, vamos festejar todos os dias e deixar a vida me levar – como dissera certa vez um tal filósofo de Xerém/RJ... E é assim, falando de amenidades ou tirando onda com a cabeleira do Zezé (coitado dele, deixe-o ser feliz assim), que a gente vai tocando em frente. Um drible ali e outro acolá, dando um jeitinho em tudo (cerrrto).
Entretanto, todo carnaval tem seu fim. A alegria passa, alguns sambas se vão. Mas se possuem algo a dizer, o samba sobrevive.
Lembro-me de Vinicius de Moraes: “Pra fazer um samba com beleza, é preciso um bocado de tristeza, senão, não se faz um samba não”. E como não lembrar de Adoniran Barbosa. Além desse fator tristeza, seus sambas sempre possuÃam uma boa dose de humor - sem se esquecer da realidade de seu cotidiano. Era uma forma de expressão bem sagaz, um protestar bem humorado contra as mazelas de nossos governantes, mostrando a vida doÃda da população e os problemas de se morar numa cidade grande - ou apenas um "rir para não chorar".
Se o paulista natural de Valinhos estivesse vivo, Adoniran completaria este ano 100 anos de vida. Com certeza, com ele vivo este carnaval em ano de eleições presidenciais não passaria em branco. Certamente ele continuaria a repetir o que sempre retratou em suas composições: a realidade de milhares de maloqueiros, desalojados pelos temporais devastadores deste verão, tentando encontrar seja num canto de concreto ou num amontoado de papelão, a esperança perdida em algum canto da vida.
Carregado de um sotaque Ãtalo-caipira (dialeto oficial do Bexiga), Adoniran chamaria um tal de Arnesto para ajuda-lo em sua missão: compor mais um samba, narrando com alegria e clareza, o universo do paulistano sofrido...
“Todo o mês de Fevereiro...” Aquele júbilo para os sambistas, à quela desgraça para os roqueiros.
Ter que aguentar um bloco carnavalesco interditando a rua onde mora, fazendo bagunça até de madrugada, cantando “Ala la la ôôôô (Mas que calor ôôôô)” é no mÃnimo de doer a cabeça.
Se não, vejamos. Por que não transformar um samba clássico, trocando de vez com a velha batucada por guitarras sujas e bateria pesada? Talvez pensando nisto, que lá nos idos de 1988, 3 amigos de BrasÃlia, Gabriel Thomaz (guitarra/voz), Zé Ovo (baixo/voz), e Bacalhau (bateria) fundaram o Little Quail And The Mad Birds, uma das bandas mais interessantes (e injustiçadas) dos anos 90 no rock nacional.
Com um punk rock sempre carregadas de humor (antes mesmo dos Mamonas Assassinas existirem), o Little Quail nunca conseguiu emplacar nas rádios. Pouca gente sabe que Aquela (aquela mesma que foi sucesso com os Raimundos) é uma composição original do Little Quail.
Talvez, sem o sucesso almejado, cada integrante tomou o seu rumo. Gabriel fundou os Autoramas, Zé Ovo foi pro Maskavo e Bacalhau está no Ultraje A Rigor. Mas antes de terminarem de vez com o Little Quail, eles nos presentearam com uma versão que cai bem para esta época do ano: só mesmo eles para transformarem o Samba Do Arnesto num punk de primeira.
Se não, vejamos. Por que não transformar um samba clássico, trocando de vez com a velha batucada por guitarras sujas e bateria pesada? Talvez pensando nisto, que lá nos idos de 1988, 3 amigos de BrasÃlia, Gabriel Thomaz (guitarra/voz), Zé Ovo (baixo/voz), e Bacalhau (bateria) fundaram o Little Quail And The Mad Birds, uma das bandas mais interessantes (e injustiçadas) dos anos 90 no rock nacional.
Com um punk rock sempre carregadas de humor (antes mesmo dos Mamonas Assassinas existirem), o Little Quail nunca conseguiu emplacar nas rádios. Pouca gente sabe que Aquela (aquela mesma que foi sucesso com os Raimundos) é uma composição original do Little Quail.
Talvez, sem o sucesso almejado, cada integrante tomou o seu rumo. Gabriel fundou os Autoramas, Zé Ovo foi pro Maskavo e Bacalhau está no Ultraje A Rigor. Mas antes de terminarem de vez com o Little Quail, eles nos presentearam com uma versão que cai bem para esta época do ano: só mesmo eles para transformarem o Samba Do Arnesto num punk de primeira.
Pobre Adoniran Barbosa... não gostei dessa cover, não.
ResponderExcluirÉ...Carnaval é isso ai, mas prefiro a original...^^
ResponderExcluirQuer dizer que estou quase extinto! Eu mesmo não sabia...
ResponderExcluirRoger, foi mals...cara, vou mudar o texto para quase inativo...blz?
ResponderExcluirValeu pelo comentário!!!