Com certeza, o reinado de Michael Jackson teve seu auge com Thriller, cuja coreografia é uma das mais reconhecidas e imitadas até hoje. O videoclipe inteiro é revolucionário. Era praticamente um curta-metragem, com inÃcio, meio e fim e que muito se assemelhava a um musical da Broadway – 13 minutos de vÃdeo com uma coreografia executada com primor, figurinos caprichados e cenografia nÃvel Hollywood. Mas Thriller não foi o primeiro clipe da carreira no estilo curta-metragem.
Antes houve a tal Billie Jean... A polêmica canção relata a estória de um homem acusado falsamente de ser o pai de uma criança – uma estória quase verÃdica, vivida por Michael, quando uma fã passou a persegui-lo clamando que ele assumisse a paternidade do filho dela.
Já a estória do videoclipe não tem muito haver com a letra. Nele, Michael começa mostrando toda sua capacidade de dançar, executando uma coreografia pensada por ele – que se tornou praticamente sua marca registrada. Por onde ele passava, as calçadas começavam a acender em néon. Em seguida ele é perseguido por um paparazzi que tenta obter fotos dele com uma Polaroid, as quais nunca se concretizam em imagem. Em um determinado ponto do clipe, Michael entra num quarto de hotel seguido pelo paparazzi e se deita na cama. E como num passe de mágica, Michael some debaixo dos lençóis sem deixar rastros. No final de tudo, sobra para o paparazzi, que é encontrado na porta do quarto pelos policiais que e o leva preso como suspeito...
Se é verÃdica ou não a letra de Billie Jean, pouco importou pois a verdade histórica é o marco no mundo da música após o clipe Billie Jean. Depois dele ainda viria Thriller. E Michael Jackson se tornava o Rei da Nova Pop Music do século 20, reinventado por ele mesmo.
Como todos sabem, Caetano é um "revolucionário" de carteirinha; sempre se mostrou antenado as tendências musicais, mas à s vezes, sinto que ele “viaja” demais em suas ideias - parafraseando o próprio, viaja pra lá de Marrakesh.
Em 1984, Caetano compôs Velô, um álbum regado a guitarra e sintetizadores, mergulhado ora na new wave, ora perdido numa bossa nova. Na década de 90, chegou a dizer que não era muito fã de música brega, no entanto regravou a canção Sozinho do grande compositor e cantor brega Peninha, com a qual fez um enorme sucesso. E há mais ou menos 6 anos, ele teve a brilhante ideia de fazer uma versão de Come As You Are do Nirvana, mas que no final ficou meio blasé em minha opinião.
Mas dessas incursões musicais de Caetano por estilos diferentes do seu, fico com um momento que ocorreu 24 anos atrás, num especial gravado para a TV Globo chamado Chico & Caetano, onde foi muito feliz ao fazer uma cover de Billie Jean com um tempero bem brasileiro.
Esta cover começa com a música Nega Maluca que "veio dizendo que o filho era meu", assim como Billie Jean, que afirmava que o seu filho era de Michael, e que por sua vez negava dizendo: "the kid is not my son". Inteligente que é, Caetano quis fazer uma provocação, aproximando um dos maiores hits daquela década de um antigo samba brasileiro. É claro que Billie Jean não era um filho legÃtimo seu, mas ao misturar o samba com o pop de Michael Jackson, Caetano acabou tornando-se pai (e mãe ao mesmo tempo) de uma versão antológica, transformando-a praticamente em uma nova canção.
PS: E no finalzinho, ele ainda emenda um trecho de Eleanor Rigby dos Beatles. É fan-tás-tico...
o caetano também gravou a música do fernando mendes, lembra? acho q pro filme lisbela e o prisioneiro, esse era considerado muito mais brega rs
ResponderExcluirimagina, a globo já teve um programa chamado chico e caetano! hoje tem aquilo q se vê - ou não rs