É evidente que o vÃdeo acima não passa de uma piada. Escrita pelo ator e comediante Will Ferrell (o próprio Gene, um personagem fictÃcio), a esquete foi ao ar em um episódio do programa Saturday Night Live do ano 2000. Até hoje é uma das favoritas do público. E não é por menos: é simplesmente hilária, especialmente quando Gene se empolga ao tocar cowbell e podemos perceber bem o efeito de suas vestes apertadas. O resultado é tão engraçado que nem Jimmy Fallon (o baterista) se aguenta e solta umas risadas. Também participam da esquete o ator Christopher Walken ("The" Bruce Dickinson), Chris Kattan (guitarrista), Horatio Sanz (baixista) e Chris Parnell (vocalista).
O Blue Öyster Cult foi formado em 1971, em Long Island, Nova York, e continua na estrada até os dias de hoje - o último trabalho, Curse of the Hidden Mirror, saiu em 2001. (Don't Fear) The Reaper foi gravada em 1976 e lançada no álbum Agents of Fortune. Trata-se do maior sucesso da banda, mas diferentemente da esquete do SNL, não é cantada originalmente por Bloom, mas pelo guitarrista e autor Buck Dharma. O cowbell utilizado na música foi o principal motivo da sátira - e é impossÃvel não segurar um sorriso ao percebê-lo, ainda mais depois de ter visto a esquete várias vezes.
Curiosidade: (Don't Fear) The Reaper inspirou o romance The Stand (transformado em minissérie de TV na década de 1990), de Stephen King, segundo o próprio escritor.
O grupo inglês The Beautiful South já apareceu aqui com uma linda versão de Dream a Little Dream Of Me (veja aqui). Em 2003, a banda passou a contar com a terceira vocalista feminina a assumir os microfones, Alisson Wheeler - antes dela, Briana Corrigan e Jacqui Abott já haviam assumido o posto. No ano seguinte, gravaram Golddiggas, Headnodders and Pholk Songs, quase inteiramente formado por covers, dentre as quais de Don't Fear The Reaper - assim mesmo, sem os parênteses.
A nova versão deixa o cowbell de lado e aposta em um ritmo mais latino, embora fique mais melancólica quando o vocal começa (só não saberia dizer se é a voz de Paul Heaton ou de Dave Hemingway), acompanhado por Alisson Wheeler. Ficou uma releitura menos roqueira, mais romântica e bastante interessante. Os riffs e solos de Buck Dharma, marcantes na original, são substituÃdos por teclados, perfeitamente em harmonia com as vozes. "More cowbell!", diria "The" Bruce Dickinson - mas aqui ele não faz tanta falta assim.