Logo que lançou o primeiro álbum, Is This It?, em outubro de 2001, a banda nova-iorquina The Strokes foi imediatamente alçada a "salvação do rock". Um exagero da mÃdia, evidentemente, que parece estar sempre em busca da próxima "melhor banda de todos os tempos da última semana" - como tão bem definiu o Titãs na música de mesmo nome.
Após o estardalhaço do trabalho de estreia, a pressão caiu sobre os jovens músicos. Afinal, qual grupo de rock gosta de ouvir a crÃtica proferindo por aà a temida expressão "sÃndrome do segundo álbum"? Embora parte do público tenha recebido Room On Fire (2003) de maneira um tanto morna, considero o trabalho melhor do que o antecessor: contém melodias mais bem trabalhadas e Julian Casablancas soltando (um pouco mais) a voz. Desse álbum saiu Reptilia, segundo single que se deu relativamente bem nas paradas de rock. Sobre a música, gosto especialmente da linha de baixo e dos versos "I said please don't slow me down/ If I'm going too fast/ You're in a strange part of our town."
Curiosidade: Diferentemente dos videoclipes anteriores do Strokes, que foram dirigidos por Roman Coppola (sim, o filho de Francis Ford), o de Reptilia é assinado por Jake Scott, filho de outro cineasta: Ridley Scott.
Uma cover de Reptilia que não soasse tão anos 2000 e que fosse completamente acústica. Não que a pretensão do Punch Brothers fosse justamente essa, mas o grupo conterrâneo do Strokes - também é de Nova York, mais precisamente do Brooklyn - deixou a canção com essa cara. O quinteto formado em 2006 aposta no bluegrass com uma pitada de folk. ConstituÃdo por Chris Thile (mandolin e vocal principal), Gabe Witcher (violino/curvo), Noam Pikelny (banjo), Chris Eldridge (violão) e Paul Kowert (baixo), o quinteto esteve presente na surpreendentemente boa trilha sonora de Jogos Vorazes.
Comparável a Mumford & Sons e The Avett Brothers, a cover gravada durante participação em um programa da emissora de rádio WNRN (Charlottesville, em Virginia) mostra que o Punch Brothers é uma dessas bandas para ficar de olho, principalmente pelo diferencial sonoro - apesar da comparação acima, todos são artistas com estilos e propostas diferentes. Ao escutar a versão bluegrass moderna de Reptilia, não dá nem para sentir falta das batidas quase estáticas de Fabrizio Moretti. E mais: o solo feito no violino ficou simplesmente sensacional. E o melhor é que a linha de baixo continuou a mesma. O resultado final é que os pupilos passaram no teste do 1001 covers com nota máxima.
ótima cover!
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