Fazer uma cover de David Bowie não deve ser fácil. Afinal, o artista britânico é tido como um Deus da música, influenciando outros visionários igualmente talentosos e marcando a vida de "gente como a gente" - fãs e admiradores interessados em boa música. Então, imagine só selecionar cuidadosamente um clássico de Bowie, gravar, lançar e ouvir como resposta algo do tipo "a original é muito melhor".
Não que a idéia Beck tenha sido justamente evitar comparações negativas ao escolher Sound And Vision. Ao invés de simplesmente fazer uma cover de três minutos, como a original, Beck a reimaginou e pensou nos principais detalhes: o som e a visão. Recrutou uma orquestra com 157 músicos e convidou o pai, o maestro David Campbell, para conduzi-la. E como não poderia deixar de registrar, chamou o diretor Chris Milk para comandar o vÃdeo, com câmeras em 360 graus e microfones que dão a sensação de imersão aos ouvintes.
Lançado em 1977, no álbum Low, Sound And Vision foi o primeiro single desse trabalho marcado por sintetizadores e guitarras. E se na época a obra teve recepção dividida, hoje em dia dificilmente algum crÃtico expressaria palavras negativas sobre um álbum que exerceu tamanha influência ao longo das décadas.
Lançado em 1977, no álbum Low, Sound And Vision foi o primeiro single desse trabalho marcado por sintetizadores e guitarras. E se na época a obra teve recepção dividida, hoje em dia dificilmente algum crÃtico expressaria palavras negativas sobre um álbum que exerceu tamanha influência ao longo das décadas.
Em entrevista à Rolling Stone norte-americana, Beck disse que tentou "montar um cenário que só poderia existir para uma performance única. É algo que não dá para ser feito em turnê. Foi pensando muito sobre filmes de Busby Berkeley [diretor de musicais das décadas de 1930 e 1940] e muitos músicos e dançarinos".
Com ares de uma apresentação épica, Beck e todos os seus colaboradores simplesmente inserem o despretensioso trabalho de Bowie em um patamar superior - sem desmerecer a original (jamais!). Ao longo dos nove minutos, a releitura não cansa em nenhum momento. Pelo contrário: cria expectativas ainda maiores sobre o que está por vir no próximo acorde ou estrofe. Enfim, uma versão de causar arrepios e forte candidata a cover do ano de 2013. Aliás, ano que também marca a volta de Bowie após uma década sem lançar material inédito.
Impressionante! Essa cover é totalmente excelente. Adorei mesmo. Mas a original é melhor hehehehe
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