0414 - Killing In The Name - Biffy Clyro [2013]


Nos últimos meses foi anunciado um acordo do governo colombiano com as FARC – Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – e ontem foi decidida por unanimidade entre os guerrilheiros a ratificação do acordo de paz pondo fim aos 52 anos de conflitos armados naquele país. Ao mesmo tempo, protestos populares em Dallas contra a morte 2 homens negros por policiais brancos nos estados de Louisiana e Minnesota termina em morte de 5 policiais após um franco atirador abrir fogo. Sem falar no dia-a-dia cruel das violentas cidades brasileiras.

Quando leio notícias barbaras como estas, logo vem em minha mente a música Killing In The Name do Rage Against The Machine (RATM). Não porque a letra esteja ligada intimamente ao conflito colombiano. Talvez ela esteja mais próxima dos conflitos raciais que existem nos EUA. Mas sim porque as lutas armadas, os conflitos raciais e a violência em geral são inadmissíveis. Por que tantas pessoas ainda morrem por estas causas imbecis, estúpidas e horrendas? Quando a canção do RATM diz “and now you do what they told ya”, eu espero sinceramente que não, que as pessoas não sejam movidas pela escuridão e irracionalidade. 

Dado o conteúdo de Killing In The Name, o RATM pôs o peso dos riffs de Tom Morello e a voz revoltada de Zack de la Rocha a favor de uma interpretação raivosa que faz com que qualquer ouvinte seja tomado por uma vontade de fazer a próxima revolução com suas próprias mãos. 


E meio que na contramão desta revolta temos a cover de protesto feita pela banda Biffy Clyro. A versão dos escoceses foi gravada em 2013 na campanha Agit8 da ONG ONE durante a cúpula do G8 no Reino Unido que tinha como objetivo unir através das músicas de protestos o maior número de pessoas para encorajar os líderes mundiais a tomarem medidas decisivas para acabar com a pobreza extrema até 2030. Foi com este intuito, para unir as pessoas e mandar uma mensagem para os líderes mundiais que o Biffy Clyro mandou uma ótima versão acústica para Killing In The Name. 

Apesar de não ter o mesmo peso sonoro, a mensagem que reverberou foi muito bem dada: temos a esperança que um dia todos os tipos de violências acabarão e que ninguém mate em nome de alguém ou mate ou morra por um motivo estúpido, político, racial ou por fome ou qualquer outra imbecilidade humana.

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2 Comentários
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  1. que diferente essa versão, nem parece o biffy claro também rs

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    1. Gosto mais da versão do Biffy Clyro sendo sincero; porém, para tirar qualquer stress do corpo e sair revigorado, nada melhor do que entrar num bate cabeça com este sonzaço do RATM

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