0437 - The Sweet Escape - Kasabian [2009]


Gwen Stefani é um dos ícones da música da segunda metade dos anos 1990 e da década seguinte. A cantora acabou se tornando modelo para muitas adolescentes dessa época, consolidando uma imagem que foi além da música, atravessando palcos e videoclipes e inspirando as jovens no modo de vestir e nas atitudes. E não é à toa: em tempos de artistas pré-fabricadas, como Spice Girls e outras "divas" pop, ela simbolizava a importância de ter um estilo próprio, sem se importar com o que diziam.

Se no No Doubt ela já era capaz de atrair os holofotes para si, quando optou por seguir a carreira solo não foi diferente: recebida de braços abertos pelos fãs, ela lançou três álbuns entre os anos de 2004 e 2016. Enquanto a banda da qual fazia parte tinha um estilo mais colado no ska e no rock, Gwen investiu no lado pop glamouroso, sem deixar a atitude de lado

Lançado em 2006, seu segundo álbum solo, The Sweet Escape, foi favorecido pela canção homônima, que se tornou o segundo single. Escrita por ela, Akon e o produtor musical Giorgio Tuinfort, a faixa grudenta com pegada pop teve ótimo desempenho nas paradas europeia e norte-americana, ganhando um divertido vídeo-clipe com ar de superprodução.



Criar melodias grudentas também é uma das características da banda inglesa Kasabian, uma das mais interessantes (se não a mais) vindas da terra da Rainha Elizabeth II e que se estabeleceram na década passada e continuam na ativa. 

Além de ser conhecido pelas ótimas músicas e enérgicas apresentações ao vivo, o quarteto também se tornou famoso por criar covers surpreendentes, especialmente para o programa BBC Radio 1 Live Lounge. Uma das releituras mais bacanas é justamente a de The Sweet Escape, que ganhou um toque beatlesco

A ótima interpretação, feita pelo guitarrista  e vocalista ocasional Sergio Pizzorno e o vocalista  oficial Tom Meighan, funciona ainda melhor do que a parceria entre Gwen Stefani e Akon - digamos que a dupla inglesa tem muito mais química. O resultado é uma cover pra lá de original, especialmente na parte final, na qual o Kasabian deixa definitivamente a sua marca.

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