Melhores Covers de 2020 - Top 40


O ano de 2020 ficará marcado na história da humanidade como um ano em que a Terra praticamente parou. Foi o ano do isolamento social, da máscara e, no caso da música, das Lives. Foi o ano em que o ser humano voltou a repensar sobre o sentido da vida. Foi o ano de perceber a rapidez e a vulnerabilidade da vida terrena. 

Em meio a essa sensação de que estamos desprotegidos, a música se tornou uma grande aliada e trazendo inspiração e esperança na vida das pessoas. A música nesta pandemia alegrou e, de certa forma, salvou a nossas vidas. Artistas reclusos em suas casas ajudaram a confortar as pessoas. Novas colaborações entre artistas nasceram. Artistas desconhecidos surgiram em suas sacadas para alegrar os seus próximos. E nas manifestações para o fim da discriminação racial, a música inspirou aqueles manifestantes que pediam por justiça. 

Em todos esses momentos, as covers exerceram um papel fundamental para relembrar músicas significativas que nos trazem força e alentam nossa alma e o nosso coração. E é por isto que com muita alegria que preparamos esta seleção de 40 covers que ouvimos em 2020. Não podíamos deixar de fazê-la para rememorar esses sublimes momentos e compartilha-los aqui. Esperamos que gostem!  – Equipe 1001 Covers
   
40 - Nel blu dipinto di blu - Flor Gil e Gilberto Gil (original: Domenico Modugno)
Nossa lista de melhores covers de 2020 começa com uma versão que postamos na nossa página do Facebook durante 2020, onde o vovô Gilberto Gil e sua neta Flor Gil participaram de uma campanha em homenagem à Itália por conta dos números de mortos pela pandemia regravando um trecho de uma das canções italianas mais famosas em todo mundo, o hit Nel blu dipinto di blu de Domenico Modugno. A desenvoltura de Flor Gil e sua belíssima tenra voz ao lado de Gilberto Gil protagonizaram uma das mais belas covers deste ano. – Regina de Andrade


39 - Reach out, I’ll be there - The Jaded Heart Club (original: The Four Tops)
Desde 2018 um supergrupo se formou: The Jaded Heart Club. Matt Bellamy, Graham Coxon, Nic Cester, Miles Kane formaram uma banda para cantar covers... dos Beatles! E depois de cantar até com Paul McCartney, o álbum deles chegou em 2020. Não só com Beatles, mas muita música boa da Motown como essa que escolhi para falar da banda. Ouçam! Eu achei maravilhosa as covers e toda produção. Afinal, estávamos falando de grandes músicos que sabem o que tocar e como tocar! – Regina de Andrade


38 - Phantom Limb - Marika Hackman (original: The Shins)
Marika Hackman é uma cantora inglesa, multi-instrumentista, com um estilo que trafega entre o folk e o alternativo, com aquela melancolia, mas sem viver apenas no lado sombrio e depressivo da coisa. Até por isso Marika conseguiu dar a carga correta de angústias para a canção Phatom Limb, originalmente lançada pelo The Shins em 2006. A intepretação de Hackman é triste e bonita ao mesmo tempo. – Persio Kojima


37 - Just The Two Of Us - Rhiannon Giddens feat. Sxip Shirey (original: Bill Withers)
A norte-americana Rhiannon Giddens é reconhecida como uma talentosa cantora, banjoísta e violinista. Ela foi cofundadora da Carolina Chocolate Drops, uma banda de cordas que recebeu um Grammy em 2010 pelo álbum Genuine Negro Jig. Nesta pandemia Rhiannon juntou forças com o produtor musical, compositor e músico experimentalista Sxip Shirey e fizeram uma belíssima recriação do clássico de Bill Withers. O vídeo faz parte do projeto "Coronavirus Relief Fund" e contou com a foto de trabalhadores da saúde da Universidade de North Carolina e do Hospital NY Presbiterian com seus familiares. – Persio Kojima


36 - Hunger Strike - Toni Cornell (original: Temple of The Dog)
...E voltei pra minha adolescência! O mundo grunge! Ouvir Toni Cornell é sentir a melancolia de quem gostaria de estar cantando agora com o pai que a deixou tão cedo e de forma tão triste. Relembrar essa música do Temple of the Dog e com uma jovem com uma voz tão bonita e forte é mostrar que Chris Cornell está vivo nos corações de todos. – Regina de Andrade


35 - What's So Funny 'Bout Peace, Love and Understanding? - Sharon Van Etten ft. Josh Homme (original: Nick Lowe)
Dentro da nossa lista de melhores do ano de 2020, não poderíamos nos esquecer da belíssima cover da clássica "(What's So Funny 'Bout) Peace, Love and Understanding", do cantor e compositor Nick Lowe. A despeito da simplicidade e limitações técnicas, a poderosa voz de Sharon Van Etten, junto com o "bad boy" Josh Homme, jogam um peso melancólico na canção original, e a transformam, na minha opinião, no símbolo cover perfeito desse ano encerrado tão sombrio e desafiante para todos nós. – Alexandre Mello


34 - Sorriso Aberto - Malía, MC Zaac, Mumuzinho e Ruby (original: Jovelina Pérola Negra)
Com o intuito de celebrar o mês da Consciência Negra em 2020, a produtora e compositora Mahmundi criou o projeto "Sorriso Rei" para homenagear dois grandes artistas pretos brasileiros: Gilberto Gil e Jovelina Pérola Negra. Para a cover de Sorriso Aberto, que foi um grande sucesso de Jovelina com composição de Guará Sant'anna, os artistas Malía, MC Zaac, Mumuzinho e Ruby se reuniram e fizeram uma interpretação mais atualizada, com samba e batidas eletrônicas, mas sem esquecer das raízes pretas de Jovelina, uma verdadeira heroína da raça que, mesmo muitas vezes esquecida pela mídia, sempre trazia o seu sorriso aberto mostrando toda sua positividade e o seu alto astral por meio de sua potente voz, que a coloca como como uma das principais sambistas mulher do Brasil. – Persio Kojima


33 - Lotta Love - Helado Negro ft. Flock Of Dimes (original: Neil Young / Nicolette Larson)
Roberto Carlos Lange ou Helado Negro é compositor, músico e cantor, sendo um dos principais artistas da cena indie latina atual da terra nos EUA. Essa latinidade e a sua percepção sobre situação de vulnerabilidade que todos estamos passando com esta pandemia, o despertou para fazer uma cover de Lotta Love como uma música pudesse trazer uma sensação de acolhimento e proteção para os ouvintes. Diferentemente da interpretação de Larson, a versão de Helado Negro com a participação de Flock Of Dimes (ou Jenn Wasner do duo Wye Oak) conseguiu atingir seu objetivo, trazendo a calma e a tranquilidade necessárias para os dias de hoje. Um alívio sonoro em dias tão conturbados como os que vivemos. – Persio Kojima


32 - Walls - Angel Olsen e Hand Habits (original: Tom Petty)
Walls é com certeza uma das melhores músicas da extensa carreira de Tom Petty. A versão original possui uma melodia que apaixona logo a primeira audição. Simples e direta, seus versos trazem a esperança e a beleza de que podemos viver dias melhores. Ela também nos faz pensar que as coisas mais bonitas da vida são passageiras e momentâneas. E apesar de tudo isso que mundo vive hoje, a cover de Angel Olsen e Hand Habits (projeto da guitarrista Meg Duffy) tirou um pouco do peso desses dias difíceis e fez uma bela homenagem a Tom Petty, reavivando apenas com guitarra e vozes toda a beleza desta canção. – Persio Kojima


31 - Thunderstruck - Odette (original: AC/DC)
Saem os riffs inconfundíveis de Angus Young, entram piano, violoncelo, bateria, teclado e a voz poderosa de Odette. A canção clássica do AC/DC foi transformada em uma das melhores covers de 2020, ganhando personalidade na releitura da cantora australiana. – Luciana Ferreira


30 - Fast Car - Black Pumas (original: Tracy Chapman)
Eu particularmente adoro quando aparece uma cover de alguma canção que foi sucesso nos anos 80. Por gostar tanto da década, musicalmente falando, tendo a ser mais exigente com essas versões, claro. E digo que gostei bastante da gravação acústica do duo Black Pumas pra "Fast car", e acredito que foi sim uma das melhores covers que apareceram esse ano. Simples, vocal consistente, sem firulas, mantendo a beleza da original e trazendo para os mais jovens (ou azarados, que nasceram no século XXI), o melhor do que aconteceu nos 80's. – Cristina Traskine


29 - Candy Says - Hot Chip (original: The Velvet Underground)
A banda londrina de synthpop Hot Chip deu um toque etéreo e psicodélico à linda balada do Velvet Underground. Apesar da pegada eletrônica, a cover conseguiu manter o tom introspectivo da original, fazendo jus ao trabalho do grupo nova-iorquino. – Luciana Ferreira


28 - Life During Wartime - Nichole Wagner (original: Talking Heads)
Acho a interpretação original do Talking Heads definitiva. Mas a cover de Nichole Wagner traz o mesmo ritmo quase no mesmo tom ao longo de toda música, sem o mesmo caos da música original. Acho que este mesmo ritmo repetitivo como algo não negativo, mas sim algo representativo da nossa realidade atual. Uma cover muito bem executada e que faz a gente querer ouvi-la de novo, de novo e de novo. – Persio Kojima


27 - Toxic - Jaguar Jonze (original: Britney Spears)
A cantora de origem taiwanesa-australiana Jaguar Jonze (pseudônimo de Deena Lynch) conseguiu deixar a canção pop-pasteurizada de Britney Spears com uma pegada mais autoral e (por que não?) sexy. – Luciana Ferreira


26 - Ando Meio Desligado - BRAZA (original: Os Mutantes)
O reggae do grupo BRAZA em sua forma pura aplicado com perfeição em Ando Meio Desligado, grande clássico da banda Mutantes. Quem diria que um clássico dos Mutantes poderia se adaptar tão bem para o estilo consagrado por Bob Marley, Peter Tosh, Toots & Maytals e Jimmy Cliff. E ficou simplesmente incrível. – Persio Kojima


25 - Drive - Soccer Mommy (original: The Cars)
Soccer Mommy (belo nome artístico) conseguiu um feito e tanto. A moça transformou uma das músicas que podemos chamar "a cara limpa e lavada do lado mais brega da estética anos 80" em uma bela canção indie-pop-melancólica. Sem firulas de sintentizadores, bateria eletrônica. Voltou-se pra um arranjo mais cheio de texturas e guitarras sem excessos, na medida certa. Sua bela voz acaba com qualquer vestígio do vocal meio canastrão do frontman do The Cars. Muitos pontos pra ela, produziu uma "restauração" competente e gostosa de ouvir de uma canção datadíssima. – Alexandre Mello


24 - Revolution - Brittany Howard (original: Nina Simone)
Que voz, que mulher é Brittany Howard. Mais uma vez indicada ao Grammy, desta vez em 5 categorias entre elas Melhor Performance de R&B. Nessa cover da música Revolution de Nina Simone, Brittany entrega todo seu vozeirão e energia fazendo uma bela homenagem a grande Nina Simone. – Persio Kojima


23 - Darklands - Fontaines D.C. (original: The Jesus And Mary Chain)
Mesmo com as limitações técnicas e com o "cada um no seu quadrado" (ou home office musical) causado por este ano de pandemia viral, o Fontaines D.C., essa bandinha irlandesa filha da mãezinha de boa e competente, conseguiu aqui no nosso TOP, esse feito raro de produzir uma cover melhor que a original. Com um arranjo mais simples e menos detalhista que o original, a levada de violão "indie-folk estou numa casinha numa vila no interior da irlanda", e o vocal impecável do nosso "djovem" british boy Grian Chatten dão uma gostosa sensação de que o petardo musical do Jesus and Mary Chain encorpou, ficou mais melancólico, coeso, e ao mesmo tempo suave. Versão cover primorosa, apesar da pouca produção. – Alexandre Mello


22 - Under Pressure - Willie Nelson e Karen O (original: Queen e David Bowie)
Uma parceria improvável e um resultado incrível. Assim podemos definir esta cover do clássico de Queen e David Bowie: de um lado, a lenda do country Willie Nelson; do outro, a vocalista da banda indie Yeah Yeah Yeahs. A união deu origem a uma versão mais suave, combinando a voz grave de Nelson à delicadeza de Karen. – Luciana Ferreira


21 - Darlin' - She & Him (original: The Beach Boys)
Fazer cover de Beach Boys não é novidade para o She & Him, que já gravou várias canções da banda californiana. Nesta releitura a distância, a dupla formada por M. Ward e Zooey Deschanel investiu no minimalismo, sem deixar a harmonia de lado. O resultado exala doçura e realça a química musical entre eles. – Luciana Ferreira


20 - Reservations - Lambchop (original: Wilco)
Temos aqui uma versão cover na linha tributo classudo "raíz" que segue a assinatura original. Como diferencial a banda Lambchop procura deixar o arranjo mais "úmido" e com mais "texturas", enquanto a original da lenda indie Wilco é mais "seca" e econômica (quase 5 minutos de diferença no tamanho da música). Como resultado deixaram a música com uma "vibe" mais pra Radiohead do que um indie-country. O que acabou ficando bom, muito bom. – Alexandre Mello


19 - Bizarre Love Triangle - Desire (original: New Order)
A banda Desire não saiu muito da "assinatura" original, eu diria até que não saiu quase nada, as medidas da "receita neworderiana" foram seguidas à risca. Mesmo assim isso não impediu de termos aqui uma bela versão cover da clássica canção synth-pop oitentista. Aliás, o que podemos notar de diferencial é que temos muito mais "synth" do que pop. O belo vocal feminino da Megan Louise e a produção menos "clean" com sintetizadores mais climáticos e ritmo mais lento deixam a canção mais "pós-punk" do que a própria original. Essa também entra no que eu chamo de categoria tributo classudo "raíz". – Alexandre Mello


18 - Purple Rain - Inter Arma (original: Prince)
Lembro com nostalgia desse filme na TV, p*ta filme chato! Era feito para todas as garotas que amavam Prince. Sei de toda a genialidade musical dele e gostava do cantor, mas o ator e o filme. Esta versão do Inter Arma ficou bem mais soul do que a original, sem perder a sensualidade e, se você pensar que se trata de uma banda de metal, aí que ficará mais surpreso com a versão. – Regina de Andrade


17 - Amore Adesso (No Time For Love Like Now) - Zucchero (original: Michael Stipe)
Em meio ao pior momento da pandemia do novo corona vírus na Itália, o cantor italiano Zucchero apresentou uma versão emocionante da música No Time For Love Like Now de Michael Stipe (ex-líder do R.E.M.) adaptada para o italiano intitulada Amore Adesso. A música e o vídeo são de tocar o coração. Vemos uma Veneza em pleno lockdown com todas as ruas e lugares públicos vazios com apenas Zucchero e seu piano no meio da Praça São Marcos tocando Amore Adesso. Uma cover realmente memorável, capaz de tocar o fundo d'alma de qualquer ser humano. – Persio Kojima


16 - Never Tear Us Apart - The National (original: INXS)
Sou apaixonada por essa música! Também fez parte da minha pré-adolescência. Amava, amava ouvir essa música com Michael Hutchence, tocava na novela Bebê a Bordo e amava quando soava o riff de guitarra característico. Fiquei anos querendo saber onde se passava o vídeo, só fui descobrir muitos anos depois, na MTV, que tinha sido gravado em Praga. E Praga já era minha meta, porque lia Milan Kundera e até sonhava estar lá nas mesmas situações de A Insustentável Leveza do Ser. Quando ouvi essa versão do The National fiquei louca! Amei! Achei que tinham feito uma versão a altura do INXS. Perceba a voz do vocalista ao declamar as palavras, é tão envolvente quando Michael Hutchence, mas num tom novo, século XXI. – Regina de Andrade


15 - Let's Dance - Roísín Murphy e Jools Holland (original: David Bowie)
"Let's dance", que foi um grande sucesso nos 80's, justamente por ser a "cara" daquela década, ganhou ares jazzísticos nessa apresentação de Roisin Murphy no programa de Jools Holland. Juntos de uma orquestra afinadíssima, deram cara nova, inusitada e classuda para a canção de Bowie. – Cristina Traskine


14 - Mr. Brightside - Hauskey (original: The Killers)
"Mr Brightside" nunca seria tocada pelo Killers dessa forma. Ponto para Hauskey por fazer uma versão tão diferente e ao mesmo tempo tão interessante, com uma levada meio reggae. Agora me dei conta de que Mr Brightside já é coisa da década passada, o tempo passa, o tempo voa. – Cristina Traskine


13 - Martha My Dear - St. Vincent (original: The Beatles)
Mais uma cover marcada pela simplicidade de uma gravação caseira, tem como melhor característica o vocal doce de St. Vincent. Como beatlemaníaca, eu aprovei. Simples e, digamos, respeitosa à original dos Fab Four. Mais um exemplo de que menos é mais. – Cristina Traskine


12 - Patience - Norah Jones (original: Guns N' Roses)
Eu sempre digo que "Patience" é uma das poucas música do Guns N' Roses que consigo ouvir. Portanto, já venho com a premissa de que a música original é boa. E Norah Jones é um doce. Worlds collide. Durante o isolamento da pandemia, Norah gravou vários vídeos em sua casa, ao piano, sem muita produção, postando as apresentações em seu canal do YouTube. Sempre um deleite de se assistir e ouvir, "Patience" se mostrou uma boa escolha, uma versão leve e melancólica, pedindo paciência nesses dias que tanto precisamos disso. – Cristina Traskine


11 - Cosmic Dancer - Nick Cave (original: T-Rex)
Nick Cave é uma lenda rock-pop-"indie" que dispensa apresentação, justamente por isso não é estranho que o sujeito tenha feita uma versão cover tão impecável da clássica balada setentista do T-Rex. Sai a levada no violão e entra o piano singelo. O arranjo "rústico" é substituído por uma produção sofisticada com violinos delicados permeando a injeção de vocal melancólico feita por Nick. Arrisco mais uma vez a colocar essa naquele restrito panteão de cover melhores que as originais. – Alexandre Mello


10 - Dreaming - Green Day (original: Blondie)
Uma banda que gosto muito, nem parece, mas ouvi muito Green Day e até fui no primeiro show em São Paulo. Velhos tempos! Esta versão para a música do Blondie ficou bem alto-astral e, como uma das muitas versões que foram feitas durante a pandemia, mostra, no vídeo, aquela vontade de estar no palco e até uma nostalgia dos áureos tempos que só paramos pra pensar num momento como esse. Sonhar é livre, ainda! – Regina de Andrade


09 - Angels - Josh Groban (original: Robbie Williams)
Uma música manjada de Robbie Williams? Com certeza! Mas perceba a voz do rapaz, Josh Groban, cantor e ator de Los Angeles. Chegou a fazer dupla com Celine Dion nos bastidores da apresentação do Grammy, estava “só” substituindo Andrea Bocelli nos ensaios. Se isso não diz nada para você, para mim, diz muito! Uma voz com a firmeza e emoção de um cantor lírico cantando uma música pop romântica. Não ouvirei mais Angels como antes. – Regina de Andrade


08 - Cruel Summer - Evanescence (original: Bananarama)
Cruel Summer é um hit pop de 1983 do grupo inglês Bananarama. A música ganhou mais destaque mundial quando foi incluída na trilha sonora do primeiro filme da trilogia de Karate Kid em 1984. Nos anos 90 o grupo pop Ace of Base fez sua cover de Cruel Summer. E em 2020 a cantora do Evanescence Amy Lee ao teclado e o guitarrista Troy Mclawhorn fizeram uma versão emocional e potente, reclusos cada em suas casas. Diferente das outras versões citadas onde o vocal sempre contava com um grupo de vozes femininas, nessa versão a voz de Amy Lee é o diferencial. Bela cover. – Persio Kojima


07 - Crazy - Shadow & The Thrill (original: Gnarls Barkley)
Não conhecia a dupla formada por 2 norte-americanos que não deixam que o Blues e o rock n roll garagem morram. Achei realmente interessante esta versão deles porque Crazy é uma das músicas mais cheias de versões dos últimos tempos e eles conseguiram fazer de um jeito que ainda não tinha visto! Vale a pena! – Regina de Andrade


06 - Heart-Shaped Box - Glass Animals (original: Nirvana)
A banda inglesa de pop psicodélico Glass Animals tirou o peso e a distorção grunge e jogou um tempero eletrônico, assim como o que parece ser (numa audição mais acurada) um charmosíssimo baixo acústico na clássica canção daquela bandinha de Seattle. Destacaria também o vocal do frontman Dave Bayley, bem mais ácido e irônico do que a angustiante levada do senhor Cobain. Deliciosa versão cover. Em tempo, "Heart-Shaped Box" é reincidente recente no nossa lista de Melhores do Ano, e esteve na 15ª posição em 2019 com Hermitude e Jaguar Jonze. – Alexandre Mello


05 - A Girl Like You - Tame Impala (original: Edwyn Collins)
O multi-instrumentista australiano Kevin Parker se reuniu com outros dois músicos para apresentar essa versão repleta de sintetizadores e teclados do sucesso de Edwin Collins. Ainda mais legal do que escutar a cover é assistir ao processo, feito especialmente para o segmento Like a Version, da emissora de rádio Triple J. – Luciana Ferreira


04 - Everlong - Rick Astley (original: Foo Fighters)
Ricky Astley faz parte da minha pré-adolescência, com seu cabelo ruivo, ombreiras e topete cantando Never gonna give you up . Imagina como fiquei feliz quando o Foo Fighters o chamou para o palco para cantar exatamente essa música num show em Londres, em 2017. Passado 3 anos, Ricky resolveu agradecer a banda também cantando, fazendo uma cover de Everlong, uma das minhas favoritas do Fufa (como conhecemos a banda aqui em São Paulo, graças a 89FM). Nirvana foi minha parte mais rebelde da adolescência e, depois, vendo o Dave agora no Foo Fighters, na MTV com o vídeo dessa música que é muuuuito legal! Gosto demais! Só Freud explicaria os sonhos bizarros de David Grohl. Com a voz poderosa de sempre, Ricky faz uma bela versão da música, rock n’ roll e cheia de energia. Eu amei! Uniu duas fases da minha vida. – Regina de Andrade


03 - Homem com H - Nação Zumbi e Samantha Schmütz (original: Ney Matogrosso)
A versão da Nação Zumbi pra esse clássico de Ney Matogrosso foi uma grata surpresa entre os covers que selecionamos neste ano. Arranjos criativos e o uso de guitarras dando um ar mais moderno e rock 'n roll ao forrózinho do Ney, bem ao estilo mangue beat. E o belo vocal de Samantha Schmütz entra pra deixar a canção ainda mais gostosa de se apreciar. – Cristina Traskine


02 - A Change Is Gonna Come - Los Coast ft. Gary Clark Jr. (original: Sam Cooke)
Sem dúvida alguma esse foi um dos melhores covers produzidos no sofrido ano de 2020. Num contexto tanto de pandemia como de agitações sociais com o movimento "Black lives matter", a simples lembrança dessa canção nos traz um conforto ao coração: nada será como antes e não tem como ser (in)diferente. Com um arranjo belíssimo e interpretação emocionante, faz jus à beleza da canção original. – Cristina Traskine


01 - Fade Into You - Muzz (original: Mazzy Star)
Lembro que apenas ao final de 1999, já na faculdade, havia ouvido pela primeira vez a faixa Fade Into You do Mazzy Star gravada num CDR de uma amiga que havia copiado totalmente o primeiro álbum da banda So Tonight That I Might See de 1993. Até aquele momento, tudo o que eu sabia sobre a cantora Hope Sandoval estava contido na faixa Sometimes Always do Jesus And Mary Chain (JAMC) onde Hope gravou um dueto com Jim Reid. Ali com o JAMC já percebia a delicadeza de sua voz. Mas ao ouvir o CDR me senti hipnotizado, principalmente por Fade Into You, ficando assim por alguns dias seguidos ouvindo em repeat no CD player. Naqueles primeiros anos do ensino superior quando você está descobrindo um outro mundo pós adolescência, Hope Sandoval era a melhor descoberta tardia de leveza e paz em meio a correria da faculdade. Hoje, imerso na pandemia, foi surpreendente e emocionante ouvir o novo grupo de Paul Banks (vocalista do Interpol), o Muzz, regravar este grande clássico. Paul é dono de uma voz bem grave e até poderia dar um tom errático para Fade Into You. Mas não foi o caso. Num tom mais adaptado, Paul se mostrou um cantor competente e versátil para interpretar esta super balada, ganhando o primeiro lugar das melhores covers de 2020. – Persio Kojima


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